CONTRIBUIÇÃO DO COACH – Competência – você sabe do que estou falando? – por Claudio de Almeida Neto

Usar as habilidades que você domina é importante, porém ficar preso a elas, gerando zona de conforto, pode limitar você. Se você quer ir mais longe, tem que correr alguns riscos e assumir novos desafios.

Quando o assunto é recursos humanos (RH) a palavra competência é muito utilizada. O termo começou a ser usado nos anos 70. Na década de 80 começou a ser potencializado e virou jargão do pessoal de RH a partir dos anos 90.

Como toda palavra da língua portuguesa, o termo competência possui diferentes abordagens que, por isso, dificultam uma definição mais apurada do seu significado. Assim, quero lembrar que o termo competência, dito por um profissional de RH difere, em conceito, da mesma palavra usada no nosso dia a dia fora do ambiente organizacional.

Utiliza-se o termo competência como sendo uma habilidade humana de dar solução a um problema, ter aptidão para uma determinada área ou ainda ter habilidade para executar alguma tarefa. Visto por esse viés, essas descrições ofereceriam uma visão reativa da competência e não seria possível adjetivar as pessoas que possuem uma veia de antecipação dos fatos, e ainda, esses conceitos seriam mais bem vistos em ambientes empresariais.

O sociólogo Philippe Zarifian, francês, definiu o termo competência como sendo a capacidade de ter iniciativa assumindo responsabilidade sobre situações profissionais com as quais você se depara. Isso tem valor quando você possui a percepção das situações, apoiada em conhecimento adquirido e vai se transformando à medida que as situações vão se diversificando diante de você.

Segundo Zarifian, é importante que se faça uma diferenciação de quando competência é um adjetivo vinculado às atitudes reativas e quando possuem caráter proativo, o que é mais esperado no ambiente corporativo.

Poderíamos dizer que competência é uma questão técnica vinculada à capacidade de operacionalizar, por exemplo, uma solução de um problema? Sim! Porém precisamos deixar claro que competência é mais que isso. Competência é, por exemplo, ter atitude. Sim! Porém não é só isso. Competência seria não só ter atitude como ter a atitude mais correta para aquela situação. É mais que agir, é agir da forma mais adequada para aquele cenário!

Possuir competência pressupõe que você vai se comportar de forma a otimizar suas atitudes diante de novas situações.

Por isso, ao avaliarmos a competência de uma pessoa precisamos medir sua capacidade de agir corretamente. Podemos fazer as seguintes indagações:

  1. Você possui conhecimento técnico adequado (tem qualificação)? – Conhecimento
  2. Você, tendo o conhecimento, sabe executar (tem experiência funcional)? – Habilidade
  3. Você, tendo conhecimento e sabendo fazer, age na hora certa (movimenta-se para alcançar o resultado esperado)? – Atitude

Acabamos de fazer uso do acróstico CHA – conhecimento, habilidade e atitude, tão utilizado nas definições de competência profissional.

Assim sendo, verificamos que a palavra competência, no mundo do trabalho, precisa ser associada às atitudes objetivas que são adotadas quando novos desafios aparecem! Quando a pessoa possui competência ela, naturalmente, vai gerar ganhos financeiros e econômicos para a empresa e, em consequência, para o trabalhador. Ser competente é ter potencial (conhecimento, habilidade e atitude) para identificar, analisar e superar os desafios que se apresentam ou se apresentarão.

No mundo do trabalho, as competências estão, geralmente, agrupadas de acordo com a estratégia da empresa. É por isso que alguns segmentos possuem um rol de competências comuns, demandadas de acordo com o seu segmento de negócio. São competências especificas de organizações, em função da estratégia pensada para alcançar resultados. Nesse caso há a necessidade de se pensar na adequação do CHA para que a produtividade esperada alcance a realidade do negócio.

Se você é adaptável e possui qualidades físicas, mentais e intelectuais para enfrentar desafios, você pode declarar que possui competência. Dessa forma você, com certeza, vai saber se comportar nos momentos de decisão, utilizando sua capacidade de coletar informações e, por isso, tomar atitudes coerentes. Você estará no grupo dos que estão investidos de conhecimento, habilidade e atitude capaz de realizar com eficácia as tarefas que vão oferecer solução positivas à sua organização. É certo que a gestão superior identificará em você os comportamentos geradores de mudança na busca de melhor desempenho da organização, capacitando-a a enfrentar diferentes desafios profissionais.

É por isso que deixo aqui uma reflexão sobre as armadilhas da competência. Você não pode ficar refém somente daquilo que você já é muito bom. Você tem que ir mais longe. Você precisa assumir novos riscos (eu disse risco e não perigo!) e outros desafios. A decisão de ampliar suas competências de forma continua será, com certeza, a maior de todas as suas competências. É isso!

Agora a decisão é sua! Vai lá e experimenta!

 

 

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Quero inspirar pessoas. Quero que um dia alguém olhe para mim e diga: "por sua causa, eu não desisti." Meu nome é Claudio de Almeida Neto, eu sou Coach.

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