desculpa-da-inteligencia

Funciona assim… “Olha, eu já entendi que para alcançar o sucesso tenho que ter uma ótima cabeça”. Começa a surgir aí o “desculpaço da inteligência”. Pelo que tenho lido, pesquisado e conversado com pessoas, a grande maioria apresenta a desculpa da inteligência em diversos graus. Elas, de forma muito acanhada, declaram que lhes falta a inteligência adequada para alcançar o sucesso que desejam. Sentem profundamente e sofrem em silêncio. Muito pouca gente assume, de forma aberta, que não se sente suficientemente inteligente para chegar onde quer.

Como disse no artigo anterior vivemos em constante comparação. É por isso que, geralmente, você comete dois erros que suportam a desculpa da inteligência.Ou você subestima o poder do seu cérebro ou superestima o cérebro do outro. A ordem do fatores não altera o produto.

São, de verdade, esses dois pontos onde você apoia seu pensamentos e, por eles sua mente é dominadas. Deixa de enfrentar as situações que lhe desafiam porque entende que não possui a inteligência necessária para encontrar uma solução adequada. Vou dar um exemplo concreto: a pessoa se candidata para uma vaga de emprego, fica subestimando sua capacidade, aí chega um cara que, pouco se importando se tem ou não inteligência suficiente, porém quer muito conseguir aquele emprego, vai lá e “toma” a vaga. Faz sentido pra você? Já viu isso acontecer ou soube de alguma coisa assim?

Deixa eu trazer um ponto para a nossa conversa. Inteligência não é nada sem ação vinculada. Não importa quanta inteligência você possui, o que interessa é aquilo que você faz com a inteligência que tem. Como é que você usa a sua inteligência?

A sua inteligência tem que ser usada para que você entre em ação, para fazer alguma coisa que leve você em direção ao seu sonho, seu sucesso ou sua felicidade. O pensamento que faz sua inteligência funcionar é muito importante.Reforce isso: a sua inteligência só vai ter utilidade se ela fizer com que você realize algo que leve você para o seu objetivo, qualquer objetivo. Seu sucesso, como já disse, pode ser complexo ou simples, pequeno ou grande, isso não faz qualquer diferença porque o sucesso é seu. Você é quem sabe onde é que tem que chegar para se sentir vitorioso e feliz.

Vou fazer uma pergunta: o que é que uma pessoa precisa ter para ser um grande engenheiro? E já vou respondendo: essa pessoa não precisa pensar com a rapidez do relâmpago, não precisa de uma memória monstruosa e nem ter tirado só dez nas disciplinas escolares. O que essa pessoa realmente precisa é ter interesse por engenharia, possuir entusiasmo pelo estudo da matéria.

É fato que uma pessoa que tenha um QI mediano mas possui atitude, ação cooperativa, é entusiasmada e otimista vai conseguir mais respeito, admiração e vitorias do que uma outra com QI 120 mas que não coopera, tem pensamentos pessimistas e atitudes negativas. Possuir um pouco de bom senso para dar andamento a um projeto, executar tarefas ou fazer alguma coisa que leve você para o seu objetivo, compensa muito mais do que ter uma inteligência inativa, mesmo que ela fique tangenciando a genialidade. Agir é muito importante.

É verdade, o seu condicionamento determina todos os pensamentos que surgem na sua cabeça. Isso é o que chamamos de mente condicionada. Lembre-se: pensamentos leva você ao sentimento, sentimento leva à ação e a ação leva aos resultados.

Aqui vou colocar os quatro elementos-chave para você começar seu treinamento para livrar-se do “desculpaço da inteligência”:

O primeiro elemento de mudança é a consciência – você não pode mudar uma coisa que ignora. Então, conscientize-se que você está usando sua crença sobre uma falta de inteligência para deixar de realizar as coisas necessárias para atingir seu objetivo.

O segundo elemento é o entendimento – você precisa compreender a origem do seu modo de pensar. Comece a identificar a origem externa. Alguém já disse para você que você não é capaz por falta de inteligência? Na sua infância, na sua adolescência ou em algum momento você foi vítima de uma observação que te fez questionar sua inteligência? Você precisa entender que isso aconteceu e gerou uma programação verbal em sua mente, reforçando a crença limitante.

O terceiro elemento é a dissociação – você tem que entender que o ocorrido, citado no elemento dois, não é um pensamento seu e, por isso, você pode largar isso imediatamente. Ao dissociar a programação externa você vai verificar que é um arquivo isolado e que pode ser perfeitamente deletado, uma vez que não tem um pingo de verdade nele e nem valor para você.

E o quarto e último elemento que é o recondicionamento – você precisa dizer para você que sua inteligência é suficiente para as ações necessárias ao alcance do seu objetivo. Você tem que estar consciente que é o seu modo de agir que vai fazer você sair de onde está para chegar onde a felicidade espera por você. Mexa-se!

A gente escuta todo o tempo que saber é poder, mas isso pode ser uma meia verdade. O saber é um dos elementos que vai potencializar a sua ação. O saber se torna uma força motriz relevante desde que possamos usar o conhecimento de forma construtiva.

Conta-se que, uma vez, perguntaram ao grande cientista Albert Einstein quantos pés tinha 1 milha. “Não sei”, respondeu ele. “E por que razão havia de encher minha cabeça com fatos que posso encontrar em dois minutos em qualquer livro especializado?” Nesta passagem, Einstein ensinou-nos uma grande lição. Ele sabia que era muito mais importante usar o cérebro para pensar, do que como um armazém de fatos.

Uma vez Harry Ford viu-se envolvido num processo com o Chicago Tribune. O jornal chamou-o de ignorante, e Ford, homem de grande respeito, respondeu: “Provem-no.” O Tribune submeteu-lhe uma porção de perguntas simples, tais como: “Quem foi Benedict Arnoldt”, “Quando ocorreu a Guerra da Revolução?”, e outras, a maioria das quais Ford, que tinha tido uma instrução pouco formal, não pôde responder. Por fim, irritado, ele declarou: “Não sei as respostas, mas sou capaz de, em cinco minutos, encontrar um homem que as sabe.” Harry Ford jamais se interessou por informações multiformes. Ele conhecia o que todos os chefes importantes conhecem: que a capacidade de saber como obter a informação é mais importante do que usar o cérebro como um a garagem de fatos. Quanto vale um homem que conhece os fatos?

Recentemente li um artigo sobre um presidente de uma jovem, porém próspera, firma industrial americana. Aconteceu que assistia na televisão programa de perguntas e respostas. O camarada que estava sendo interrogado já participava do programa há várias semanas. Respondia sobre tudo, sobre coisas que pareciam até absurdas. Após haver respondido a uma questão particularmente intrincada, algo sobre uma montanha na Argentina, o presidente olhou para um dos que estava ao seu lado e disse:

– Quanto você pensa que eu daria àquele sujeito para trabalhar para mim?

– Quanto? – perguntou o colega.

– Trezentos dólares, e nem um “cens” a mais – não por semana, ou por mês, mas por toda a vida. Já o avaliei. Esse “sabido” é incapaz de pensar. Só sabe guardar as coisas na memória. No Google eu acho cem por cento de tudo que aquele camarada sabe.

– Eu quero é me cercar – continuou ele – de gente capaz de resolver problemas, de gente que tenha ideias. Quero gente capaz de sonhar e de tornar o sonho uma realidade prática. Um homem que tenha ideias pode fazer dinheiro comigo, um que só possua fatos, não.

Essas histórias fazem sentido para você?

Agora vamos para a prática. Vou sugerir três formas de você se vacinar contra o “desculpaço da inteligência”. São coisas simples, porém você vai ter que praticar para que se torne um hábito.

Primeiro, jamais, nunca, em tempo algum subestime a sua própria inteligência e não superestime a inteligência alheia. Você precisa se concentrar nas suas possibilidades. Identifique seus pontos fortes, seus talentos e habilidades. Tenha consciência de que possui inteligência é bom, porém o importante é a maneira com que você usa a inteligência. Você tem que dirigir o seu cérebro ao invés de ficar preocupado com seu QI. Sugestão pratica: repita, em voz alta, “Minhas atitudes são mais importantes do que minha inteligência.”

Segundo, pratique adotar, constantemente, atitudes positivas em casa, no trabalho, com seus amigos e familiares. Reforce as razões pelas quais você é capaz de fazer coisas e não fique preocupado com aquilo que, ainda, não sabe fazer. Podemos ser, ter e fazer tudo, desde que a gente aprenda como se faz para chegar lá. Desenvolva a atitude de “Eu estou vencendo” (a declaração que citei no artigo anterior). Use a inteligência para as coisas criativas e positivas. Encontre os meios para vencer e não fique arranjando desculpas pelo que não conseguiu fazer.

E em terceiro lugar, lembre-se sua capacidade de pensar, resolver as questões, é muito mais importante do que sua memória. Para a memória use papel e lápis ou o bloco de notas de seu smartphone. Exercite sua mente para ter novas ideais e criar formas melhores de fazer coisas, descubra novas formas de agir, inove. Pergunte-se sempre: “Minha capacidade mental está sendo usada para escrever a minha história, ou estou apenas usando-a para acompanhar e registrar as histórias que outros estão escrevendo?”

Declare o seguinte: “As coisas que já ouvi sobre inteligência não são necessariamente verdadeiras. Vou optar por adotar novas formas de pensar que contribuam para a minha felicidade e meu sucesso.”

Para terminar, gostaria de deixar claro que ao escrever meus artigos não tenho a pretensão de julgar-me o “dono da verdade”. Aqui está um pouco daquilo que uso comigo e ofereço aos meus Coachees. São atitudes possuem aplicabilidade prática e criam mobilidade pessoal. Por isso, fique à vontade para usar as sugestões ou não, caso entenda que não se aplicam a sua necessidade ou se você não acredita na transformação que ela pode causar na sua vida.

Lembre-se que minha proposta de mudança de pensamento (negativo para positivo) e comportamento (entrar em ação imediatamente), aqui, não requer qualquer tipo de investimento. Você pode fazer isso, por sua conta e totalmente de graça. Depois, de entender que o pensamento positivo, entrar em ação para chegar onde deseja e outras atitude propostas não surtiram nenhum efeito prático para você, da mesma forma (grátis) você pode voltar ao que era e, de novo, usar o pensamento negativo e deixar de agir para chegar aos seus sonhos.

No próximo artigo vamos falar sobre a desculpa da idade.

Minha sugestões estão à sua disposição.

Agora, vai lá e experimenta!

Abraço, saúde e paz.

Coach Claudio de Almeida Neto.