Buscando uma outra analogia, vou convidar você para um passeio mental pela experiência já vivida. Você já presenciou crianças brincando? Já assistiu quando uma criança que possui diversos brinquedos ao seu redor, os abandona e quer aquele único brinquedo que o menino do lado tem em seu poder e, por isso, está na maior felicidade? Pois é, o que a primeira criança deseja não é o objeto, o brinquedo; o desejo dela é ter a felicidade da outra criança que, aparentemente, para ela (a primeira), está no único brinquedo que ela segura. Vai lá e… buaaaaaá, eu quero!
O feliz, que sabe ser feliz, na maioria das vezes entrega o objeto, de imediato, e como sabe ser feliz, pega outro objeto e continua sendo feliz, para a infelicidade de seu “coleguinha”, se é que podemos chamar assim (risos). A cena segue, um continua feliz e o outro… o outro vai tentando tomar as felicidades que surgem ao seu redor.
Agora, tente identificar à sua volta, na vida, no trabalho, na família, entre os amigos, colegas e conhecidos, quem são as “crianças” que estão tentado tomar a sua felicidade. Você oferece uma mensagem positiva e a pessoa gasta sua energia para destruí-la; você dá uma ideia de solução e a pessoas arranja um problema para ela (a solução); você com o pensamento da vitória e a outra pessoa com a derrota afiada. Não sei se você já passou por isso. Pode ser que sim ou pode ser que não, porém dê um jeitinho de se afastar um pouco (ou bastante) desse tipo de gente. Lembra? “Oh céus! Oh vida! Oh azar!”.
É claro que olhar pontos positivos é importante e olhar pontos negativos também. Isso nos faz ficar alertas, atentos, prontos para agir, se necessário for. Porém, só identificar e potencializar o lado negro da força, aí já nos oferece o eterno odor do enxofre e a gente fica entendendo que tudo é monstruoso.
Certa vez, numa conversa com o amigo, falamos sobre isso e ele confirmou e concordou com o que disse acima. Falou inclusive, como exemplo, do Yin e Yang. O lado positivo precisando do negativo. Uma ótima reflexão que chamou minha atenção para alguns comportamento, inclusive os meus. Aproveitando a deixa, e já concordando com ele (porque estava certo) alertei que no símbolo do equilíbrio as partes possuíam idêntica proporção. O Yin (lado preto) é o feminino, a terra, o escuro, a noite, o frio, a lua, o princípio passivo, a absorção; e Yang (lado branco) é o masculino, o céu, a luz, o dia, o quente, o sol, o princípio ativo, a penetração. Assim, mesmo os necessários pessimistas precisam ter um limite em suas considerações. A contaminação é muito possível e, já vou explicar porquê. Equilíbrio é a palavra que temos como meta.
Ser feliz, positivo, pra cima, uau!!! Isso dá um bocado de trabalho. Ora, a gente sabe que não há vitória sem dor. Se você treinar vai ter a felicidade como um hábito instalado, pode acreditar. Eu treinei e sei exatamente como funciona. Eu consegui e você pode conseguir também. O caminho é vontade, a disciplina e a atitude. Foi daqui que tirei a minha máxima: ser feliz é uma questão de treinamento. Não tem mágica. Não seremos felizes o tempo todo. Agora, se eu quiser voltar ao estado de felicidade, sei exatamente como, conscientemente, fazer isso. Realizo aquilo que chamamos de interrupção do estado não desejado para ingressar no estado desejado, no caso, estado de felicidade.
Continua…
Abraço e até já!
Coach Claudio de Almeida Neto